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Bancos em perigo

O que os investidores precisam saber sobre o segundo maior colapso bancário da história americana!

Que segunda-feira hein, pessoal? Voltamos do final de semana com o mundo financeiro quase implodindo! Após um caótico final de semana com bancos quebrando, mercados em pânicos e investidores correndo para as colinas. Eis o que você precisa saber sobre a atual situação:

◾ O mercado viveu momentos turbulentos na última semana, após a notícia de que três grandes bancos estavam insolventes

◾Os reguladores americanos fecharam o Silicon Valley Bank na sexta-feira e assumiram o controle dos depósitos bancários

◾O colapso do SVB é o segundo maior colapso bancário da história dos Estados Unidos

◾O Banco Central americano criará um Programa de Financiamento a Prazo do Banco que empresta dinheiro ao Silicon Valey Bank. O que garante que os clientes dos bancos possam acessar seus depósitos acima de US$ 250.000 e evita consequências econômicas generalizadas.

Entenda o que essa quebradeira de bancos significa para os mercados e a economia americana

O mercado de cripto registrou uma enxurrada de notícias impactantes no último fim de semana. Primeiro, tivemos na quarta-feira passada a situação caótica do Silvergate Bank que anunciou a sua liquidação por conta de problemas financeiros e de liquidez.

Na sexta-feira, tivemos a determinação de liquidação do Silicon Valley Bank (SVB) depois que o banco reportou que tinha um saldo negativo de caixa de US$ 958 milhões, de acordo com o documento, e que não conseguiu obter garantias suficientes de outras fontes. 😱

E ontem, a determinação de encerramento de atividades do Signature Bank para evitar um risco sistêmico. Ou seja, em apenas 5 dias, três bancos de “primeira linha” declararam insolvência.

As notícias caíram como uma grande bomba atômica no mercado tradicional, pois o SVB é um dos maiores bancos corporativos do país.

A falência de um banco desse porte concretiza essa situação como a segunda maior da história americana.

O FDIC é como se fosse o Fundo Garatidor de Crédito no Brasil, que oferece proteção aos clientes de bancos que possam ter algum problema de insolvência. Nos EUA, o FDIC é controlado pelo governo e oferece uma proteção de até no máximo US$ 250 mil por instituição.

Isso significa que o presente problema vai muito além de apenas uma falência. A grande questão é que cerca de 97% dos depositários do banco SVB não detinham qualquer garantia de devolução.

Ou seja, o banco SVB, que atendia cerca de 65 mil startups e 1100 unicórnios, agora estaria afundando e levando consigo mais da metade das startups financiadas por capital de risco do país.

Nesse sentido, o mercado tradicional tremeu, acreditando que a falência do SVB resultasse em um colapso total, carregando todas as empresas que tinham conta no banco, resultando em uma nova crise financeira, igualzinha a de 2008.

Só que o banco central americano (FED) decidiu, de forma rápida, no domingo à noite, garantir todos os depósitos dos clientes, o que fez o mercado abrir em forte alta na manhã desta segunda-feira (13).

O maior medo do FED tem nome: Risco Sistêmico.

Quando o mercado cria uma movimentação de pânico exacerbada, contaminando todas as entidades financeiras, temos apenas um resultado: colapso total.

O comunicado oficial do FED publicado ontem à noite, diz que os clientes do SVB não estão sujeitos a nenhum risco de perda pelo fato de estarem sem nenhuma garantia. É o próprio FED que está garantindo todos os depósitos do banco. Ou seja, a máquina de injeção de dinheiro está novamente ligada.

“Depois de receber uma recomendação dos conselhos do FDIC e do Federal Reserve, e consultar o presidente, a secretário Yellen aprovou ações que permitem ao FDIC concluir sua resolução do Silicon Valley Bank, Santa Clara, Califórnia, de maneira a proteger totalmente todos os depositantes. Os depositantes terão acesso a todo o seu dinheiro a partir de segunda-feira, 13 de março. Nenhuma perda associada à resolução do Silicon Valley Bank será suportada pelo contribuinte.

Também estamos anunciando uma exceção de risco sistêmico semelhante para o Signature Bank, New York, New York, que foi fechado hoje por sua autoridade estadual de fretamento. Todos os depositantes desta instituição serão integralizados. Tal como acontece com a resolução do Silicon Valley Bank, nenhuma perda será suportada pelo contribuinte.”

Esse novo pacote de auxílios para “ajudar a proteger” os bancos possui uma nova roupagem e um novo nome, mas não passa de mais um resgate que o FED precisa fazer para manter a engrenagem da máquina falida do governo girando.

A crise já era esperada!

No infográfico abaixo, temos a diminuição entre a taxa longa de juros (10 anos) e a taxa curta de juros (3 meses). Esse importante indicador macroeconômico mostra que uma recessão está chegando sempre que temos a inversão da curva de juros americana.

Nas faixas cinzas temos os anos de recessão americana (1982, 1990, 2000, 2008, 2020 e 2023). Nos círculos vermelhos: inversão da curva de juros.

Conseguiram reparar no padrão? Sempre que temos a linha passando abaixo do marco O, entramos em um processo recessivo. No atual momento, estamos bem abaixo dessa marca, sinalizando que a recessão estava perto.

Até o famoso autor do best-seller Pai Rico, Pai Pobre, Robert Kiyosaki tweetou que já estávamos em uma recessão global.

Efeitos dessa quebradeira no mercado de criptomoedas

O SVB era responsável pela custódia de 3,3 bilhões de dólares da Circle Internet Financial Corp., emissora da stablecoin USDC.

Assim, a falência do SVB provocou pânico entre os clientes do banco e os usuários da stablecoin, que temiam perder seus fundos depositados ou custodiados pelo banco. Houve uma tentativa em massa de retirada de saldos em dólares e de transferência de ativos digitais para outras plataformas ou carteiras pessoais.

Isso fez com que houvesse uma inevitável perda de paridade em diversos tokens com o dólar. Para completar, outro banco que atendia o setor de cripto anunciou seu fechamento no domingo: o Signature Bank, com sede em Nova York. O banco também era popular entre as empresas de cripto.

Ao analisarmos os dados on-chain, no meio do pânico, a stablecoin USDC chegou a ser negociada 0,96 centavos e ter uma queda de volume de mais de 50%. Afinal, existia um risco gigantesco que a empresa não conseguisse honrar com os saques, resultando em uma possível corrida bancária.

Segundo o site Stablecoins.wtf, a paridade da maioria dos tokens com o dólar já foi restabelecida.

Quando tivemos a situação do BUSD enfrentando o crescente escrutínio regulatório dos EUA, a Criptomaníacos chegou a comentar em nosso blog que uma sugestão que poderia ser utilizada seria a conversão de BUSD para stablecoins que não estavam com tantos problemas batendo na porta como a própria Tether.

E o Bitcoin nisso tudo?

É inegável que a crise bancária afetaria em um primeiro momento o preço do Bitcoin, que chegou a cair abaixo dos US$ 20 mil na sexta-feira (10/03/2023).

O pacote de auxílio teve um impacto positivo no mercado de cripto, que viu o Bitcoin recuperar parte das perdas e ultrapassar os US$ 24 mil nesta segunda-feira (13/03/2023).

Os fundamentos da Bitcoin não foram afetados com a atual situação. Não se esqueçam, o Bitcoin foi criado para momentos como este!

Apesar de todo o cenário obscuro, uma coisa é certa: os bancos faliram, alguns tokens perderam o peg, empresas fecharam e pararam de funcionar.

Mas a blockchain do Bitcoin segue funcionando sem nenhum problema. É por isso que devemos sempre dar preferência a deixar nossas criptomoedas em carteiras próprias.

Além disso, a impressora americana voltou a ser ligada para garantir o dinheiro dos depositantes. Enquanto isso, a emissão do Bitcoin continua pequena e controlada.

Em qual moeda você confia mais?

A recomendação segue viva e mais forte: o dinheiro das operações do dia a dia, está bem se estiver na corretora. Mas o bitcoinzinho do longo prazo… ahhh, esse deve estar guardadinho e bem seguro para a sua aposentadoria.

Em conclusão, o Bitcoin continua firme e forte. Só o tempo vai nos dizer o quanto ele é resiliente, mas pelo que se tem visto até agora, o maior das moedas vai longe.











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